Música e Psicologia na promoção de saúde



A música é uma linguagem universal! Dificilmente há quem não goste de ouvir uma musiquinha de vez em quando. E ela pode ser utilizada das mais diversas formas, para os mais variados fins: seja para relaxar ou se animar, para dormir ou se concentrar, para os momentos em que se está sozinho ou para aquela festinha animada tem que ter música! Os estilos e gostos musicais também agradam a todos: do sertanejo à orquestra sinfônica, passando pelo samba, pagode, rock'n'roll, funk, jazz, pop, MPB e por aí vai. É unânime que a música mexe com o copo e com as emoções de qualquer ser humano.

E no quesito emoções, a Psicologia é especialista. O que dizer quando junta música e Psicologia como uma forma de ajudar pacientes a expressarem seus sentimentos? Muitas vezes, fica difícil falar o que se está sentindo. Não encontramos palavras que traduzam exatamente a dor de uma angústia ou aquele nó travado na garganta. Muitas vezes, a forma que encontramos para expressar um sentimento vira ato: chorar, adoecer, emudecer. Às vezes, o silêncio é a única maneira de comunicar o que está se passando. Outras vezes, só queremos ouvir, sem dizer nada. Somente queremos que nos digam palavras que nos confortem, que nos acalmem.

Quem nunca já ligou o rádio aleatoriamente, como quem não quer nada, e está tocando exatamente aquela música que fala tudo o que você gostaria de ouvir? Ela fala da sua tristeza ou da sua desilusão; do seu amor não correspondido ou de um grande amor vivido e que deixou saudade. Ou fala dos amigos que já se foram, da esperança de dias melhores, de carregar alegria no peito e deixar a vida nos levar. Músicas que nos aconselham não parar tão cedo, porque toda idade tem prazer e medo, que fazem nos sentir meio poetas ou inspirados em um dia triste, encontrando um bom lugar para ler um livro.

E é assim, que ao som do violão, da voz e das canções que a Psicologia escuta um pouquinho mais além da beleza posta nas músicas. A Psicologia, atrelada à música e levadas juntas a qualquer ambiente ou espaço possível de se fazer psicologia (ambulatórios, clínicas, hospitais, casas de repouso, grupos de idosos, empresas, escolas, etc.) ouve, fala e canta sobre a beleza de se estar vivo. Mesmo com todas as suas dores e dissabores. Quem já não sofreu na vida? E quem nunca já teve a alegria de sentir a vida pulsar dentro de si, gerando um ritmo gostoso de dançar?

Pois estes são os dois grandes amores que carrego em meu coração, em minha voz e minha profissão: ser ao mesmo tempo música e psicóloga. E é uma imensa alegria compartilhar ambos com pacientes, equipes e ouvintes.

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